quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ainda bem que evoluímos.












Hoje reparei na capa de uma revista onde a garota é a Deborah Bloch, não é mais uma garota, diga-se de passagem está na mídia há uns 30 anos. Está bem, acho que exagerei um pouquinho. Mas, dando o mérito merecido à atriz, ela está muito bonita, muito melhor do que quando começou em sua carreira, assista um revival do Vídeo Show, com novelas em que tenha atuado no começo da carreira. Credo, ela melhorou como vinho, os cabelos então nem se fala. A voz continua a mesma, e por todo o tempo em que a escutamos, ela nos passa tanta credibilidade que somente a locução da atriz num comercial de telefonia, veiculado atualmente, já nos coloca num ambiente familiar, transmitindo veracidade à mensagem. Isso é só para entendermos o tempo que a mocinha atua e aparece nas capas. Mas, voltando ao assunto beleza e evolução, que é do que quero falar, graças a Deus melhoramos com o tempo.
Pegue um álbum de fotos antigas e note. Note o cabelo, ria das roupas e por favor não fale mal porque são meus pais nos anos 70, com aqueles cabelos compridos e calças pantalona cor de rosa. Quem diria! Mas, não vamos longe, 15 anos atrás, seu álbum de adolescente, é album sim porque na época computador estava a recém engatinhando, não havia blogs, posts, sites de relacionamentos. Havia emails, poucos usavam, mas, estávamos a caminho da tecnologia. Éramos horríveis, secos ou gordos espinhentos, o corpo em formação, alguns com pouca barba, outras com pouco seios, algumas com o cabelo ainda na cor natural, naturalmente sem esse brilho loiro de agora, outras escurecendo para serem radicais, roupas estranhas. Vejo agora minha foto de formatura do segundo grau, dezessete anos completos no próprio dia, dia dezessete de dezembro,
mini-saia vermelha jeans e mini-blusa preta, seca, sem maquiagem no rosto, se achando linda. Barriga de fora, mesmo se considerando barriguda, porque toda mulher se acha gorda desde que se torna mulher. 50kg 1,64 de altura, corpo de menina, menina-pavio. Como eu era capaz de pensar estar agradando? E pensava. Ou melhor, agradava, dentro do nosso contexto. Os colegas na mesma foto, muito estranhos, caras de gurizinho, hoje todos homens feitos, sabe aquela cara de ainda não sei como vou ser, face em transformação, nariz crescendo primeiro, traços em trânsito a caminho do futuro homem que vai chegar. Os vestidos meia canela que hoje nem se pensa em usar, e as bermudas pelo joelho estilo grunge que não sabe se quer andar de skate, tocar ou jogar Master.
Mas, ainda bem que a gente muda. E nossas fotos atuais também são muito melhores, assim como as da Débora. Então vamos aproveitar a fase, nos olhar no espelho, desfilar na rua de cabeça erguida e feliz pela beleza que existe em nós. Vamos fazer um book para guardar de recordação antes que o tempo passe. Eu já fiz o meu. E vamos torcer para daqui há alguns anos, não olharmos as fotos de hoje e acharmos a mesmíssima coisa, como éramos terríveis. Até porque, daqui alguns anos, seremos pessoas espetaculares de cabelos brancos e algumas maravilhosas ruguinhas de experiência que a vida vai nos dar. Claro que a moda muda a cada ano, que as tendências de cores e estilos serão estranhas num futuro bem próximo, mas, quanto à estética da pessoa em si, ah essa está muito boa agora. “Jesus acende a luz” e deixa todo mundo ver como o tempo foi bom pra gente.
Ainda no que diz respeito a passar os anos e progredir, porém agora em outro quesito. Quesito textual. Quando comecei a achar que sabia escrever e com o advento da internet, sai das agendas, cadernos e folhas e passei para o meu primeiro blog. Esqueci a senha, passei tempo sem escrever, fiz o segundo e por aí foi. E hoje eu lhes dou um conselho caros amigos, anotem a senha em locais muito seguros ou correm o mesmo risco que eu. Risco de uns tempos depois entrarem no Google, digitarem seus nomes completos e eis o que aparece: textos que você não sabe onde estava com a cabeça quando escreveu. Poesias sem rima, declarações para pessoas que não significam nada mais. Histórias ruins que você não tem idéia de onde tirou e do porque achou que valia à pena publicar. Fora os recadinhos que você deixa nos blogs de terceiros com sua assinatura e com as mais destemidas bobagens. Tomara que eu não pense isso desse texto amanhã quando acordar, porque agora já está tarde e vou postar assim como ficou. A internet não dá para rasgar depois e a menos que o site deixe de existir, guardem a senha. Afirmo isso porque hoje sinto que minha carreira tem uma extensa mancha negra pelos rastrinhos que meu nome deixou no google. Faça o teste com os eu nome, veja o resultado, mas, não se deprima, não se assuste nem se entristeça, pois com certeza seu poder de argumentação e seus textos melhoraram com o tempo assim como as suas fotografias digitais estão bem melhores que as analógicas.

9 comentários:

  1. LEGENDA: A DE BRAÇOS ESTICADOS NA FOTO SOU EU... NA OUTRA FOTO, GRAÇAS A DEUS, SOU EU DE NOVO!!!

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  2. Achei que está sendo um tanto cruel com a passagem do tempo em tudo... Sabemos que o tempo é implacável e que as vezes se melhora, as vezes se piora...

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  3. hehehe desculpe a crueldade rsrs, mas, considere-se na melhor fase...Bjuusss Daisy

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  4. e qto ao comentário do decote, garoto me respeita que eu era tua chefe rsrsr

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  5. Respeito muito, mas não pude deixar de reparar...UAQUacQUACQUaq

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  6. Oi, Daisy.
    Gratíssimo por ser a minha primeira seguidora.
    Amei seus textos cinematográficos.
    Principalmente este.
    A moda de hoje sempre será o ridículo de amanhã.
    Mas tudo bem..., quem é que sabe do amanhã?
    Ver fotos passadas é viajar no tempo.
    Quem não acredita em viagens no tempo é porque nunca tirou um foto na vida. E aí, com medo de perder a alma, perdeu o tempo.

    Nos lemos por aí.

    Quero saber sobre o cinemasoco. Não consegui acessar a página.

    Abs.

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  7. Oláa o site cinemasoco.com.br é de uns amigos que estão em Sampa agora, está funcionando bem, tenta de novo, abraçãooo

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